A melhor solução, talvez, para o tratamento da fração orgânica dos resíduos sólidos urbanos e dos efluentes das grandes cidades, os biodigestores comerciais, de uso bastante consolidado na Europa, começam a tomar corpo no Brasil.

E não é solução apenas por eliminar esses “restos” que podem afetar a saúde, a qualidade de vida das pessoas e mitigar graves impactos no ambiente. Se fosse só por isso já valeria a pena investir. Mas o resultado é ainda mais surpreendente e já começa a ser percebido porque gera lucro expressivo, que é o que busca todo investidor.

Hoje, tem-se ainda o tratamento dos dejetos animais (suínos, bovinos, aves) e restos de culturas agrícolas e a utilização de culturas energéticas específicas pela digestão anaeróbia com excelente retorno financeiro e expressivo ganho ambiental, uma vez que transforma um problema grave em solução com renda.

Ao fim do processo resultam o biogás (metano – CH₄ e dióxido de carbono – CO₂) e o biofertilizante. O metano, embora proposital e injustificadamente queimado em muitos aterros sanitários, é um gás combustível e serve para a produção de energias térmica e elétrica. Por isso, tem significativo valor comercial. O CO₂ pode ser usado pela indústria química. Já o biofertilizante, que é a sobra do processo, pode ajudar o Brasil a se livrar da pecha de um dos maiores importadores mundiais de fertilizantes sintéticos. O fertilizante natural é muito mais barato, não comprometendo a saúde do solo, das águas e das pessoas. Todo o nosso trabalho com biodigestores é desenvolvido em parceria com grandes players do mercado nacional e mundial